Pedro Bial fez duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro na abertura do programa Conversa com Bial que foi ao ar na madrugada desta quinta-feira (17/12). No discurso, o apresentador chamou o presidente por adjetivos como “acéfalo”, “desgovernante”, “inominável” e “sem noção”, em meio a críticas sobre como o atual governo tem lidado com a pandemia do novo coronavírus.
“Na pandemia desse 2020 nefasto, o Brasil se destacou. Desde o início, nosso desgovernante tentou negar a gravidade da crise, seguiu inventando remédios falsamente milagrosos. Deu os piores exemplos. Sem máscara e sem noção, ele causou aglomeração e sabotou os ministros da saúde e da educação”, discursou o jornalista no trecho inicial do programa.
Bial ainda mencionou fatos mais atuais, como a rejeição que o presidente está tendo em relação à vacina. “O inominado contribuiu de forma decisiva para que mais gente morresse. Agora, se supera, delirante, ao desprezar a única solução: a vacina. Como disse o próprio acéfalo que hoje ocupa o Palácio do Planalto: morrer todo mundo vai morrer mesmo. Pior quem tem uma vida pela frente”, pontuou o jornalista.
O programa era para discutir a volta às aulas no país. Então Bial fez uma primeira fala para apresentar que, além da crise na saúde, a pandemia pode gerar uma crise educacional. “A geração das crianças do corona ficará marcada para sempre. Aqui no Brasil, em nome da economia, forçou-se a abertura de tudo. De salões a lotéricas. Viva os shoppings! Comprar é vida. O imperativo de reabrir as escolas? O último da fila. Sequer mencionado”, afirmou o apresentador.
A temática da entrevista desta quinta era justamente se os alunos, principalmente os de escolas públicas, teriam algum tipo de defasagem após um ano em que tudo teve de ser adaptado para que fosse possível que crianças tivessem aulas. Os convidados eram Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação e Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e Daniel Becker, pediatra e um dos criadores da campanha Lugar de criança é na escola.
Fonte: Correio Braziliense