O ginasta olímpico Arthur Nory ficou chocado ao saber que as pessoas nas redes sociais não esqueceram das injúrias raciais cometidas em 2015 contra o então colega de seleção Ângelo Assumpção. Nory, que vai representar o Brasil nas Olimpíadas, reclamou nas redes sociais e reiterou que cometeu erros.
Em 2015, Nory fez diversas injúrias raciais contra Ângelo Assunção, que é negro, em um vídeo junto de Fellipe Arakawa e Henrique Flores. O caso ganhou repercussão e, à época, Ângelo optou por não processar o colega de seleção pelo crime. Seis anos depois, Nory publicou a seguinte frase em seu Twitter: “É normal tanto xingamento, ódio e desejar o mal aqui no Twitter?”, escreveu o ginasta.
Valesca Popozuda retrucou o atleta. “Não é! Mas quando a gente erra é melhor assumir o erro e pedir desculpas. Porque aqui no Twitter ninguém passa pano mais não. Vamos melhorar o discurso e assumir os erros. Beijos e boa sorte”. Ele respondeu dizendo que ‘pagou pelos erros‘. “Eu errei e eu assumi. Paguei por ele e, até hoje, pago por isso! Nunca escondi meu erro e sempre busquei conhecimento para me tornar uma pessoa melhor. Eu não sou o mesmo de 5 anos atrás. Veja meu canal do YouTube, veja minhas postagens no Instagram…”, afirmou. – Maconha pode tirar fenômeno do atletismo das Olimpíadas; droga segue tabu no esporte Quem realmente paga por isso? Artur, que segue com a carreira a todo o vapor, ou Ângelo, que foi vítima de injúria racial e, após denunciar o racismo no Clube Pinheiros, em 2019, foi virtualmente banido do esporte e não consegue espaço para treinar a ginástica em nenhum lugar nesse país? “Eu juro que queria entender por que até hoje, não consegui achar um clube pra treinar. Qual foi o crime que cometi pra ser banido da ginástica?!!! Cadê as pessoas que disseram que iria ajudar do meio esportivo, quando ficou sabendo do ocorrido?”, postou Ângelo nas redes sociais em maio desse ano.
Fonte: Hypeness