O servidor terceirizado na edição de imagens do Senado Federal Roberto Suguino, 47 anos, vive um drama desde o dia 24 de agosto. Na época, foi detectada a necessidade de uma intervenção cirúrgica no pé direito. Porém, por falta de anestesistas, ele aguarda na fila do pronto-socorro do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) há 16 dias.Tudo começou quando Roberto brincava com o seu animal de estimação em casa, no Guará. “O cachorro de casa brincando comigo mordeu meu pé e a ferida infeccionou muito rápido. Tentei atendimento no hospital do Guará e não consegui. Vim aqui para Sobradinho”, conta ao Metrópoles.Ao dar entrada na rede de saúde, foi retirado um raio-x e constatado que a situação estava pior do que se imaginava. Segundo Roberto, por ser diabético. “O dedão estava fraturado e seria impossível a tentativa de reimplante, pois o risco de infeccionar o pé inteiro era muito grande, sendo assim a decisão foi de amputação”, explica o paciente.Desde então, quatro tentativas de cirurgias já foram realizadas, ambas sem sucesso por conta da falta de anestesistas no hospital. “Três estão de atestado. Dois por Covid e um com pé quebrado”, aponta Roberto.Pela falta de profissionais, pessoas em caso de emergência têm a preferência. “Enquanto isso o cidadão pagador de impostos fica no fim da fila”, questiona.Além das mais de duas semanas no hospital, Roberto enfrentou nos 12 primeiros dias a falta de enfermaria e teve que aguardar por atendimento nas cadeiras do pronto-socorro. “Quanto mais tempo fico aqui internado, mais estou sujeito a contrair outros problemas”, lamenta Roberto.A reportagem cobrou explicações da Secretaria de Saúde mas ainda não obteve retorno. O espaço segue em aberto para eventuais manifestações.Fonte: Metrópoles