A apresentadora Sonia Abrão participou do podcast Splash Vê TV e contou alguns detalhes pessoais que ela não costuma falar em público. A jornalista contou sobre a fama de “coveira”. Ela explicou que isso a deixou abalada e que foi necessária uma mudança para tirar esse estereótipo de si e do programa que apresenta.
“Fui rotulada de Sonia Caixão, Sonia Coveira, e pesou bastante pra gente mudar. Isso remete a um mundo de muita dor e eu queria sair disso”, disse em um dos trechos da entrevista. Ela ainda afirmou que a intenção nunca foi fazer um pograma policial, mas que pelas pautas que foram aparecendo, acabou noticiando tragédias.
“A gente foi para um lado totalmente policial. Era aquela fase dos grandes crimes no Brasil: Eliza Samudio, Caso Yoki, Isabela Nardoni… Foram crimes que chocaram o país e a gente se dedicou a essa cobertura. Naquela época, não havia um programa no meio da tarde com esse tipo de assunto, e nós fizemos uma cobertura de gente grande. Nunca imaginei que pudesse fazer um programa policial e a gente conseguiu respeito e credibilidade”.
A apresentadora ainda falou sobre o clima que era trazer esse tipo de matéria a tona e a necessidade de mudança: “Foi um trabalho difícil em que a gente terminava arrastando corrente. Pensamos: ‘será que não está na hora de mudar? Vamos amenizar’. Foi o início do que começamos a chamar de alienação saudável”, relatou.
Em outra entrevista, dessa vez para Flávio Ricco e Davi Bavoso, do portal R7, Sonia trouxe mais alguns detalhes de sua vida pessoal. Ela contou sobre a morte de Chorão. Para quem não sabe ou não lembra, o vocalista da banda Charlie Brown Jr. era primo da apresentadora. Ao final da entrevista, a jornalista falou da dificuldade em esquecer a morte do cantor.
Ao ser questionada sobre se faria uma biografia do primo, já que ela escreveu a biografia de Rafael Ilha, Sonia disse não estar preparada ainda para falar sobre o assunto: “Não me sinto preparada, até hoje não consegui ver documentário. Se eu tô dirigindo, ouvindo o rádio, se começa a tocar música, eu mudo. Porque senão, a gente começa a chorar”, relatou.
“É uma coisa que não cicatrizou, ela foi tão brutal, tão repentina, tão forte… Arrancou ele da gente, de uma maneira tão brusca. Eu não consigo. Minha irmã também não consegue. A gente teve que cortar na própria carne, porque tivemos que fazer a cobertura de tudo aquilo”, desabafou a prima de Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr.
“Foi muito difícil, é muito difícil até hoje. Eu gostaria muito de fazer, mas se eu for cutucar isso agora… Não dá”, finalizou a jornalista ao falar sobre escrever a biografia do primo. Alexandre Magno Abrão, o Chorão faleceu no dia 6 de março de 2013 após ser encontrado no seu apartamento em Pinheiros. Os exames posteriormente revelaram que ele veio a óbito devido a uma overdose de cocaína.
Fonte: Em off