Série mais assistida da história da Netflix, Round 6 caiu no gosto do público e se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais desde que foi disponibilizada na plataforma de streaming. Mas, além do bom enredo, um outro aspecto chamou atenção na trama: o teor extremamente violento.
Recheada de violência mórbida, suspense e drama, a obra chamou atenção de especialistas, já que foi assistida por crianças e adolescentes.
Segundo o psicólogo e especialista em relacionamentos, ansiedade e síndrome do pânico Alexander Bez, todas as séries, para o bem ou para o mal, exercem influência em nossas vidas. “A violência e agressividade contida na série consegue adulterar as nossas esferas mentais, evidenciando uma inclinação nesse sentido”, ressalta.
O especialista explica que produções com esse tipo de conteúdo ainda podem induzir e instigar o aparelho mental das pessoas. “Especialmente naquelas que já apresentavam essa tendência, estando ela ainda latente (não manifestada, ainda); ou naquelas que já havia o componente da agressão e violência em suas esferas mentais”, emenda.
Outro ponto citado é a forma como a série aborda a relação do dinheiro e de poder aquisitivo à integridade física das pessoas. “Com Round 6, a violência e a falta de autoajuda em algumas situações, principalmente motivada pela questão econômica, apresenta um fortíssimo e substancial poder de implementação de confusão e desconfiguração da própria moral e da ética, assim, nos afastando das nossas próprias convicções pessoais”, disse.
Bez também critica a violência “desmedida e irracional” da obra e ressalta a importância de diferenciar o que diz respeito à defesa da própria integridade e proteção. “Ter uma visão crítica e racional ainda é a melhor opção para tratar obras dessa natureza indutiva e conflitante”, alerta.
Fonte: Metrópoles