Membros do curso de educação física da Universidade Católica de Brasília (UCB), o Get Real & Heel, desenvolveram um projeto em parceria com a Universidade da Carolina do Norte (EUA), de reabilitação pós-câncer de mama.
A iniciativa visa devolver condicionamento físico e qualidade de vida às mulheres acometidas pela doença. A ideia ganha ainda mais visibilidade com a chegada do Outubro Rosa, campanha nacional para a conscientização e prevenção ao câncer de mama.
A partir de 2022, o projeto passa a atender cerca de 20 pacientes divididas em turmas. Para participar é necessário apresentar orientação médica, com atestado de um oncologista comprovando seis meses de término do tratamento e a autorização para realizar atividades físicas.
As inscrições e a participação no projeto são gratuitas, e podem ser feitas a partir do dia 18 de outubro até o fim do mês de novembro deste ano, enviando dados pessoais e o atestado médico de permissão de atividades físicas pelo e-mail gmelo@p.ucb.br.
Condicionamento físico
O projeto Get Real & Heel oferece atividade física específica para mulheres que já passaram por todo o processo de tratamento do câncer de mama, seja a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. O cronograma de 16 semanas inclui sessões de uma hora, três vezes por semana, tendo como foco específico o desenvolvimento da condição física, para que a paciente possa desenvolver ainda mais a saúde durante o período pós-tratamento, em atividades como aeróbicos, exercícios de flexibilidade e respiração.
De acordo com a professora Gislane Ferreira, do curso de educação física, responsável pelo projeto, é comum que as pacientes ganhem peso após os procedimentos de tratamento contra o câncer, sintam enorme fadiga e retenção líquida.
“Esse programa de atividade física é focado em devolver qualidade de vida e saúde a essas mulheres, além de também servir como uma rede de apoio, já que é um grupo de pessoas que passou por experiências muito semelhantes e podem se ajudar”, explica a professora.
O conteúdo do programa Get Real & Heel foi desenvolvido há dez anos na Universidade da Carolina do Norte e atende a centenas de mulheres sobreviventes do câncer de mama que finalizaram o tratamento. A Universidade Católica firmou parceria com a universidade americana em 2020 e coloca em prática o projeto a partir deste ano, com a primeira turma, formada por cinco pacientes.
Fonte: Metrópoles