Médicos imunologistas da Universidade de Augusta, nos EUA, conseguiram reduzir o tamanho do glioblastoma, tumor agressivo cerebral, usando o canabidiol, um dos princípios ativos da maconha.
Além de reduzir o tumor os pesquisadores observaram que, após, inalarem a substância, as cobaias apresentaram redução de substâncias essenciais para a evolução da doença.
O principal autor do estudo, é Babak Baban, imunologista, e os resultados foram apresentados na revista especializada Cannabis and Cannabinoid Research.
“Vimos uma redução significativa no tamanho do tumor e também no microambiente tumoral estabelecido pelas células cancerosas, o que inclui vasos sanguíneos e fatores de crescimento diversos que fazem com que ele se espalhe”, explica, em comunicado, Babak Baban.
Experimento
Usando células de glioblastoma modificadas de humanos, os especialistas criaram o que é chamado de glioblastoma ortotópico, o modelo mais realista possível para o tumor.
No oitavo dia, o câncer se estabeleceu de forma agressiva no cérebro dos camundongos.
E, no dia seguinte, a equipe deu início ao tratamento, com doses diárias de CBD inalado. Alguns camundongos receberam um placebo, e o experimento durou sete dias.
Comprovação
Ao avaliar as imagens do tumor, os pesquisadores notaram uma expressiva diminuição do tamanho da doença nos ratos que ingeriram o CBD, o que não foi visto no grupo placebo.
O tratamento para o glioblastoma atualmente inclui cirurgia, seguida de quimioterapia e radioterapia, mas os resultados não são altamente satisfatórios.
“O que temos não está funcionando muito bem. Os familiares trazem os pacientes e dizem que eles simplesmente não estão pensando direito, que a memória está desordenada ou que foram demitidos do emprego porque não estão mais fazendo as coisas que faziam há 30 anos”, conta Baban.
Um dos planos dos especialistas, caso o efeito da droga se repita em outras análises laboratoriais, é usar o CBD em conjunto com as abordagens disponíveis, como a cirurgia.
“Estamos animados com a redução do tumor e acreditamos que o canabidiol poderá ser explorado como uma ferramenta auxiliar durante o tratamento”, ressalta Baban.
Com informações da Cognys e Correio Braziliense
Fonte: Só notícia boa