

O médico Márcio Antônio Souza Júnior está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás depois de postar um vídeo mostrando um de seus funcionários, um homem negro, amarrado com grilhões e correntes em um colégio rural. Em suas redes sociais, ele ainda falou que o homem estava na “senzala”.
Trabalhador rural negro é amarrado com grilhões como escravo e é levado pra “senzala” em vídeo de médico branco nas redes sociais.
O vídeo acabou viralizando nas redes sociais e mostrou que, para muitas pessoas, o racismo ainda é motivo de chacota no Brasil e os 300 anos de escravidão que ainda chagam a população negra no nosso país não passam de piada.
Posteriormente, o médico fez um vídeo criticando as pessoas que apontaram o racismo do vídeo. “E ai, camarão. O povo está enchendo o saco. O que você acha disso?”, diz o médico. O funcionário negro responde. “O povo tem é que trabalhar. A vida melhor que Deus deu para o homem foi trabalhar, moçada”. Por fim, o médico ironiza. “Aqui é tranquilidade, paz. Não tem nada de escravidão. Quem não queria uma vida dessa”, diz. – O impactante depoimento de um estudante de medicina africano da UFRJ sobre o racismo no Brasil Um inquérito foi aberto contra o médico Márcio Antônio Souza Júnior. O delegado Gustavo Cabral afirma que ele está sendo investigado pelo crime de racismo. “Apesar da vítima informar que partiu dela essa iniciativa e que não deseja representar contra esse médico por eventual constrangimento ou injúria, nós observamos a possibilidade de estar caracterizando o crime previsto no artigo 20, da lei de crimes raciais, por ele, aparentemente, ter incitado e induzido à prática de racismo”, explicou ao G1.
Fonte: Hypeness