Originária da Amazônia, a camapu é uma das plantas medicinais mais utilizadas pelos povos indígenas do norte do país. Popularmente chamada de bucho-de-rã, mata-fome ou juá-de-capote, a espécie tem efeitos terapêuticos ligados, principalmente, ao bom funcionamento do cérebro.
O fator medicinal se deve, no caso do combate às doenças neurodegenerativas, a uma substância encontrada no caule da planta amazônica. Entre os efeitos, o elemento estimula a produção de novos neurônios, além de fortalecer o sistema imunológico e atuar na prevenção do envelhecimento precoce. “Esta é uma planta que está sendo muito pesquisada por demonstrar poder em combater a doença de mal de Parkinson”, como explicou a jardinista Fabiana Vieira, em entrevista à Casa Vogue.A planta do gênero Physalis é utilizada em diversos medicamentos fitoterápicos por conta de seu potencial no combate ao Alzheimer, por estimular a produção de novas células no hipocampo, região do cérebro associada à memória.
Apesar dos estudos ainda iniciais ligados às doenças neurogênicas, a lista de benefícios continua: a camapu também contribui para estabilizar os níveis de colesterol e insulina no sangue. Segundo a jardinista, a infusão das pequenas folhas verde-escuras da planta é comum por conta dos efeitos diurético e anti-inflamatório. O consumo, no entanto, requer cautela: ela deve ser consumida apenas madura. Quando verdes, os frutos são tóxicos.
Como cultivar
Para cultivar a espécie, não é necessário um grande jardim, tampouco cuidados em demasia. Basta escolher um canto bem iluminado da casa e preparar um vaso com argila expandida ou manta de bidim.“Coloque as sementes no vaso e cubra-as com uma camada fina de terra. Depois é só posicioná-lo em um lugar com bastante luz solar, já que nesse primeiro momento o calor é importante para seu desenvolvimento” ensinou Fabiana.
Fonte: Metrópoles