O apresentador Fábio Porchat se pronunciou nessa segunda-feira (14), em entrevista após ter visto seu nome ser envolvido em uma polêmica recentemente. Tudo começou quando internautas começaram a viralizar nesse domingo (13), uma cena polêmica do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” (2017). No longa, o humorista interpreta um vilão pedófilo e em uma das cenas, o personagem interpretado por Porchat abusa sexualmente de um adolescente.Diversos internautas compartilharam a cena após o filme estrear na plataforma streaming, Netflix e acusaram o ator de pedofilia. Danilo Gentili, que foi um dos diretores do longa e é autor do livro em que o filme foi baseado, também foi alvo de críticas nas redes sociais. Em entrevista dada ao colunista Leo Dias, do Metrópoles, Fábio Porchat se pronunciou pela primeira vez sobre a polêmica declarando que apenas foi contratado para atuar na produção e não teve qualquer vínculo na idealização do projeto:“Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”, começou dizendo o apresentador em entrevista ao colunista do Metrópoles.E continuou relembrando vilões que marcaram a dramaturgia e o cinema brasileiro: “O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim”, rememorou Porchat.Fábio Porchat destacou logo em seguida, que interpretar personagens polêmicos ou vilões não significa fazer apologia aquilo que é interpretado: “Quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade”, considerou.“Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”, finalizou o humorista.Quem também se pronunciou nas redes sociais foi Danilo Gentili. Assim que viu seu nome ser alvo de ataques nas redes sociais, o apresentador do SBT declarou que as críticas tinham cunho político: “O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, ironizou o humorista.Fonte: Em off