

O Ministério da Justiça e Segurança Pública censurou o filme ‘Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola’, de 2017, estrelado por Fábio Porchat e Danilo Gentili. A alegação é de que a comédia, baseada em um livro de mesmo nome, escrito por Gentili, faz apologia à pedofilia. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (15), após o filme ser atacado nas redes sociais. Em uma das cenas, as crianças aparecem sofrendo assédio sexual de um personagem adulto, o que causou revolta.
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça argumentou que a suspensão busca “a necessária proteção à criança e ao adolescente” e prevê multa de R$ 50 mil por dia, em caso de descumprimento. A decisão do ministro Anderson Torres foi publicada nas redes sociais por ele mesmo, com um trecho do despacho no Diário Oficial da União.
“O JusticaGovBR , por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, determinou cautelarmente que as plataformas que possuem o filme “Como se tornar o pior aluno da escola” em seu portfólio suspendam sua exibição imediatamente. O não cumprimento resulta em multa diária de R$ 50 mil”, escreveu.
O filme conta a história de dois meninos de 14 anos, Bernardo e Pedro, interpretados pelos atores Bruno Munhoz e Daniel Pimentel. A dupla encontra um caderno com técnicas sobre como colar em provas e como fazer bagunça na escola. Eles decidem ir atrás do dono, até que acham Cristiano, personagem interpretado por Fábio Porchat.
Cristiano ameaça ligar para os pais dos meninos e avisar que eles querem trapacear. Após uma discussão entre os garotos, começa a cena polêmica. Cristiano chantegeia as crianças e pede para ser masturbado. “A gente esquece o que aconteceu e em troca vocês batem uma punhet* para o tio”, diz.
Em entrevista ao programa ‘Morning Show’, da ‘Jovem Pan’, Danilo Gentili, falou sobre o caso. “A cena em questão é exatamente sobre uma pessoa que se apresenta como o melhor aluno da escola, que seria uma autoridade, pedindo coisas abjetas e absurdas para os alunos, que não obedecem o cara só porque ele é uma autoridade. Então, na verdade, em momento algum o filme faz apologia à pedofilia. O filme vilaniza a pedofilia”, disse.
Fonte: Em Off