Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, o atraso dos preços internos é de 17% para a gasolina e de 13% para o diesel. Vêm por aí mais reajustes.Como escreve Celso Ming no Estadão, há fortes razões para acreditar que o governo está satisfeito com os benefícios que obtém da política de paridade internacional de preços.Desde 2019 foram nada menos que R$ 447 bilhões que proporcionaram grande alívio ao caixa do Tesouro. É por isso que Bolsonaro não muda a política de preços da Petrobras.Quem já ouviu alguma palavra de Paulo Guedes, ministro da Economia, na linha do que anda dizendo Bolsonaro sobre os lucros da empresa sem os quais o governo ficaria mal?Por trás da demissão de Bento Albuquerque, ministro das Minas e Energia, não está apenas sua concordância com a política de preços da Petrobras. Um jabuti gigante também o incomodava.O ex-ministro era contra o projeto bilionário de construção de gasodutos pelo país que o Centrão apoia e quer aprovar no Congresso. Algo que custará 100 bilhões de reais.O projeto é polêmico porque beneficia diretamente o empresário baiano Carlos Suarez, dono de uma das maiores fortunas do Brasil, ex-sócio da empreiteira OAS e conhecido como o “rei do gás”.Suarez e seus parceiros são hoje os únicos donos de autorizações para distribuir gás em oito estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e querem mais. E o Centrão quer sua parte.Fonte: Metrópoles