Familiares de Thaís da Silva Campos, 27 anos, morta após ser baleada à queima-roupa em Sobradinho, aguardam o julgamento de Osmar de Sousa Silva, 36 anos. O homem era ex-companheiro da cirurgiã-dentista e cometeu o feminicídio após não aceitar o fim do relacionamento. Caso ocorreu em junho de 2021.“Nada vai trazer a minha filha de volta, mas a gente não esquece o que aconteceu. Estamos nos preparando psicologicamente para o julgamento e esperamos que a justiça seja feita. Ninguém merece morrer dessa forma. Nós queremos que ele pague pelo que fez”, comenta a mãe de Thaís, Andreia da Silva Campos, 46 anos.“Ele nunca me enganou”, diz mãe de Thaís sobre OsmarO juiz Guilherme Marra Toledo, do Tribunal do Júri de Sobradinho, decidiu que Silva será julgado por um júri popular pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e de forma que dificultou a defesa da vítima. A data não foi divulgada.Thaís era funcionária da Secretaria de Saúde desde 2013. Ingressou no quadro como técnica de higiene dental (THD) e estava lotada na Unidade Básica de Saúde 3, da Fercal. A mulher morava sozinha com a filha de dois anos, fruto do relacionamento com Osmar, e estava separada do companheiro.“Antes de matar ele já tinha deixado minha filha bem baqueada com as ameaças, foi muito sofrimento. Ele é muito frio e não demonstra arrependimento, por isso estou fazendo terapia para tirar esse sentimento de revolta que fica. Minha vida nunca será como antes”, lamenta a mãe de Thais.Entenda o caso
Na noite de 20 de junho de 2021, Thais foi morta com tiros à queima-roupa na porta de casa. Um dos disparos atingiu o rosto da mulher, que morreu no local. O feminicídio foi gravado por câmeras de segurança.Segundo as investigações, Silva matou Thais por não aceitar o fim do relacionamento que eles tiveram por aproximadamente quatro anos.Testemunhas contaram à polícia que Thais se separou de Silva porque descobriu que ele a traía com prostitutas. De acordo com as investigações, Silva pedia para retomar o relacionamento e, por diversas vezes, ameaçou matar Thais e a filha do casal. À época do assassinato da mãe, a criança tinha 2 anos.Porém, a dentista não denunciou o ex porque ele dizia que isso poderia atrapalhá-lo a conseguir um emprego em Portugal.O criminoso confessou o crime, mas disse que a motivação do feminicídio era financeira, porque ficou com dívidas após a separação. Ele afirmou que comprou a arma em uma feira de Ceilândia, por R$ 5,6 mil.Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Fonte: Metrópoles