

Juntos há seis meses o jornalista Betoh Cascardo e seu namorado, o ator Bernardo Langlott vivem um relacionamento saudável, leve e de muito companheirismo. Porém o casal vem perdendo noites de sono e vivendo com muito medo devido aos ataques homofóbicos e ameaças de morte. No último dia 17 (sexta-feira) os dois fizeram um boletim de ocorrência virtualmente e neste domingo (19) pessoalmente.
Os ataques são pesados e covardes, chegam através de ligações, whatspp e na internet, porém sem identificar a identidade das pessoas que estão cometendo este crime. Segundo Betoh o que é dito causa medo e repúdio: “Ouvimos que somos ‘viados’ e por isso temos que morrer, que vão arrancar nossas cabeças, que tem nojo da gente, como que pessoas como nós podem existir. Deus tem que voltar e acabar com vocês, imundos. Tudo muito sério e agressivo”.
O pedido do Betoh vem de acordo com o mês da conscientização e do orgulho LGBTQIA+ e diante desses ataques, o casal não admite ficar calado.
Betoh e Bernardo estamparam a capa da revista MAIS JR edição do dia dos namorados e os ataques se acentuaram depois desse ensaio fotográfico.
Betoh ressalta que é preciso coragem para denunciar, porque não dá para se calar e aceitar esse tipo de crime onde as pessoas acham que vão manter-se anônimas quando na verdade a Delegacia de Crimes Cibernéticos é muito eficaz e consegue identificar esses covardes.
Para quem não sabe, Bernardo Langlott é ex-namorado da jornalista Glória Maria e ficou muito conhecido por isso. Este fato não desagrada o casal, ambos têm maturidade suficiente para saber que este namoro vivido por Bernardo ainda atrai atenção, porém não é em nada determinante no relacionamento que o casal vive hoje. No entanto, pouco tempo atrás o casal também recebeu ataques de possíveis fãs de Gloria Maria, Betoh não sabe ao certo e nem pode confirmar: “Não sabemos de onde vem esses ataques, não temos a menor ideia, porque estão fazendo isso e abalando tanto a nossa tranquilidade. São ligações feitas inclusive durante a madrugada e com frases maldosas insinuando infidelidade entre nós, sendo que no momento da ligação estamos juntos, ou seja, pura maldade. Se fosse só perseguição, aguentaríamos, mas ameaças não podemos aceitar”.
Praticar homofobia (aversão ou rejeição a homossexual e a homossexualidade) é crime previsto em lei com pena de reclusão de 1 há 3 anos, além de multa. No Brasil um LGBT é morto a cada 26 horas vítima de violência no país. Betoh e Bernardo fazem parte de uma estatística importante ao denunciarem os ataques. As denúncias contra homofobia na internet cresceram mais de 106%. É preciso que os responsáveis sejam identificados e punidos.
Fonte: Em off