

Menos de um mês após ser preso, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, investigado por suposta participação em esquema de corrupção na pasta, voltou a pregar em uma igreja evangélica em Santos (SP). O pastor disse estar de “coração partido” com as acusações. Ribeiro ainda prometeu se explicar aos fiéis no “momento oportuno”.
“Uma das coisas que eu tenho mais lutado e que tem mais me ferido nestes tempos é claro que é o meu nome, o nome da minha família… Isso tem me deixado o coração partido. Mas tudo a seu tempo. Eu aguardo, estou aprendendo”, disse o ex-ministro em culto nesse domingo (10/7).
O ex-ministro participou de dois cultos: um matutino e um vespertino. Em ambos, afirmou que iria se explicar para a igreja quando pudesse, pois no momento “não é possível”.
“Nesses momentos que tenho passado, e que eu gostaria de explicar para a igreja, mas não posso. No momento oportuno isso vai ser feito. Eu gostaria de dizer que, na verdade, essa igreja tem sido uma igreja amiga, irmã. Sei que muita gente, se não a totalidade, tem orado por mim”, afirmou.
“Nossa igreja não tem e nunca teve objetivo de mexer com seu dinheiro. Por isso, ao me ver envolvido em coisas dessa natureza, minha tristeza só se redobra”, reforçou o pastor.
Além de pedir orações para si e sua família, Ribeiro orou pela vida de Jair Bolsonaro (PL). “Deus, guarda e protege a vida do presidente, para que ele cumpra teu propósito e faça aquilo for bom para a sociedade brasileira.”
Investigação
Milton Ribeiro foi preso em 22 de junho, suspeito de envolvimento em corrupção passiva, tráfico de influência e prevaricação durante sua gestão na Educação. Foram presos também os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, lobistas do MEC. Todos foram soltos um dia depois, após decisão do TRF-1.
O ex-ministro é investigado por supostamente participar de um esquema de corrupção envolvendo pastores e distribuição de verbas no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do MEC.
Os líderes religiosos negociavam com prefeitos a liberação de recursos federais – mesmo sem ter cargo no governo. A PF também cumpriu mandados em endereços dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Eles são ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontados como lobistas que atuavam no MEC, quando a pasta era comandada por Ribeiro.
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Fonte: Metrópoles