Rio de Janeiro – A mulher estuprada durante o parto pelo médico anestesista Giovanni Quintella e que teve o crime gravado tomou um coquetel anti-HIV no domingo, seguindo o protocolo para os casos de violência sexual. De acordo com a delegada Barbara Lomba, ela foi liberada para amamentar o bebê nesta quinta-feira (14/7).
“Falei com ela ontem (quarta), foi emocionante, ela está muito abalada psicologicamente. Chorou falando comigo. Mas tanto ela, quanto o bebê estão bem, ela voltou a amamentar hoje, porque ficou impossibilitada [por conta do estupro]”, disse a delegada, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na tarde desta quinta.
A delegada afirmou que não descarta a possibilidade de solicitar à Justiça um teste de HIV para o médico anestesista. De acordo com a delegada, a situação será avaliada.
“Medidas invasivas podem ser pedidas, desde que justificadas, para que a gente configure o crime”, afirmou Lomba.
De acordo com ela, o pedido pode ser feito caso outros crimes, como a transmissão de doenças ou moléstia, sejam configurados. “Nós temos sempre a opção de testar as vítimas. Me parece também que os profissionais de saúde têm que ter um cadastro. Vou buscar essa informação”, afirmou.
Segundo a polícia, mais de 20 possíveis casos estupro por parte do anestesista serão investigados. Até o momento, seis já estão em andamento.
Fonte: Metrópoles