Quais são os efeitos de uma entrevista dentro de uma campanha eleitoral? O presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a série de entrevistas com candidatos à presidência da República, realizada pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, no ‘Jornal Nacional’.O clima foi cercado de tensão, sobretudo pela postura bélica comumente adotada pelo chefe do Estado brasileiro. Um fato, contudo, chamou a atenção na sabatina, dados do Google Trends apontam que os espectadores foram atrás de confirmar se Bolsonaro mentiu ou não quando foi questionado a respeito da postura de seu governo no período mais intenso da pandemia de covid-19.Bolsonaro no JN: presidente mentiu uma vez a cada três minutos durante entrevistaBolsonaro e a pandemia
Os números do Google apontam que buscas por ‘Bolsonaro imitando falta de ar’ cresceram mais de 4700% durante a entrevista do atual presidente ao programa. Isso se deve pela fala mentirosa do atual presidente, que diferente do que declarou no “JN”, imitou pessoas com falta de ar, como o vídeo mais abaixo comprova.Renata Vasconcellos perguntou a Jair Bolsonaro sobre a postura do presidenciável frente a pandemia de covid-19 e citou diversos fatos envolvendo a gestão de Bolsonaro e pronunciamentos minimizando os efeitos de um vírus responsável pela morte de cerca e 750 mil brasileiros.
PUBLICIDADEA jornalista relembrou falas do atual presidente como “Eu não sou coveiro”, “Lamento. E daí?” e, por fim, recordou que Bolsonaro imitou pessoas com falta de ar em lives no Facebook. Confira os dados sobre o aumento repentino nas buscas:No mundo da ciência política, é difícil entender quais são os impactos de debates ou entrevistas deste tamanho no desempenho eleitoral dos candidatos. Ferramentas de análises de dados mostram que o efeito da entrevista de Jair Bolsonaro entre o público foi equilibrado entre apoiadores e críticos do governo, em situação diferente do que ocorreu na última eleição. Uma análise da Quaest Consultoria afirmou que 65% das menções nas redes sociais à entrevista de Bolsonaro foram negativas. A pesquisa inclui dados do Twitter, do Facebook e do Instagram. Cerca de 35% das menções favoreceram o mandatário.Fonte: Hypeness