São Paulo – O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (5/8) um plano de enfrentamento à varíola dos macacos. A medida inclui a definição de uma rede com 93 hospitais e maternidades para tratar casos mais graves de Monkeypox.Esses locais vão cuidar dos pacientes que precisem de isolamento, internação ou leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).A rede incluiu as unidades do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista e no Guarujá, e os hospitais estaduais e universitários, como o Hospital das Clínicas da FMUSP e o HC de Ribeirão Preto.As pessoas que tiverem algum sintoma leve ou suspeita de contaminação por varíola dos macacos devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o Estado.O plano foi chamado de Rede Emílio Ribas de Combate à Monkeypox, referência ao maior centro de tratamento de doenças infectocontagiosas da América Latina.As secretarias estaduais de Saúde e de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde estão à frente dos trabalhos.“São diretrizes importantes e que auxiliam toda a rede de saúde e a população, evitando agravamentos pela doença e a ampliação da transmissão em São Paulo”, disse o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.Protocolos e cuidados com grávidas
O conjunto de medidas do governo estadual também estabeleceu protocolos de diagnóstico e tratamento, rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica – que é o monitoramento das mutações do vírus.O Estado também implementou um protocolo especial para as gestantes com diagnóstico de Monkeypox. As grávidas serão acompanhadas em pré-natal de alto risco, receberão a indicação de cesárea e parto em uma unidade de saúde de alto risco.Vigilância epidemiológica
O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e o Instituto Adolfo Lutz, por meio do laboratório central na capital paulista e das 13 regionais, vão cuidar do monitoramento de casos e genômico.Os órgãos vão credenciar outros laboratórios para a realização de exames de PCR em Tempo Real e RT-PCR para detecção do DNA do vírus. O Instituto Butantan, os laboratórios universitários e privados farão parte da rede de combate à Monkeypox.No Estado de São Paulo, 1.184 pessoas contraíram a doença, de acordo com informações dessa quarta-feira (3/8). A maioria dos casos está na capital, onde são 879 diagnósticos. A cidade de São Paulo tem, inclusive, 10 adolescentes e três em crianças infectados.Fonte: Metrópoles