

Um pouco mais resistente do que a máscara cirúrgica, a PFF1 é forrada com um filtro que repele os micro-organismos. Contudo, o custo-benefício do produto pode não ser tão interessante, já que ele é descartável e seu preço não é dos mais baratosA comunidade médica começou a alertar, nas últimas semanas, para a possibilidade de passarmos por uma tripledemia – que equivale à coexistência de epidemias provocadas pelos vírus respiratórios Sars-CoV-2, VRS (vírus sincicial respiratório) e influenza.Na quarta-feira (14/11), a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, confirmou que a tripledemia já constitui a principal ameaça à saúde das populações do continente americano.“Os casos de doenças respiratórias sempre aumentam no fim do ano, especialmente em países frios, como Estados Unidos e Canadá. Mas, neste ano, estão aumentando antes do esperado, inclusive na América do Sul”, afirmou Carissa, durante coletiva de imprensa organizada pela organização internacional.O infectologista David Uip, atual secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo, aponta que a possibilidade de tripledemia é potencializada em algumas regiões brasileiras devido ao clima. “Como ainda não é verão, o frio continua em muitos lugares, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Isso leva as pessoas a se juntarem mais e facilita a circulação dos vírus”, aponta.Segundo Uip, a associação entre os três vírus já era prevista desde o início da pandemia, tanto que, em 2020, o Butantan adiantou a entrega da vacina da influenza para impedir o fenômeno.Quais são os riscos da tripledemia?
Os vírus da tripledemia apresentam riscos diferentes entre si, que vão variar de acordo com o perfil dos pacientes infectados.“No caso da Covid, os pacientes plenamente vacinados terão apenas sintomas leves. O paciente apresentará febre, dores no corpo, dor de garganta e mal-estar por uma semana e, em seguida, vai melhorar naturalmente. A grande preocupação é com pacientes não vacinados, parcialmente vacinados e pessoas com comorbidades”, diz Uip.O VSR, por sua vez, apresenta riscos maiores para crianças recém-nascidas. Ele pode levar à insuficiência respiratória e complicações que, muitas vezes, se estendem até a vida adulta.O vírus da gripe pode causar complicações em crianças com menos de 2 anos, adultos com mais de 65 anos, doentes crônicos e obesos.Sintomas e diagnóstico
Os três vírus respiratórios apresentam sintomas bastante parecidos. No caso da gripe, a tendência é o paciente apresentar mais coriza; no VSR, a característica é a falta de ar; e na Covid, as novas variantes têm provocado dores na garganta e no corpo.De acordo com o infectologista, o diagnóstico preciso de qualquer um dos vírus da tripledemia precisa ser feito em laboratórios competentes. A falta de exames e testagem confiável atrapalha a notificação dos casos e o tratamento adequado para cada paciente.Como se proteger?
“No momento, as vacinas são a melhor forma de nos protegermos da tripledemia”, afirma David Uip.Dos três vírus, apenas o sincicial respiratório não tem vacina aprovada. Além da imunização, o infectologista ressalta a importância dos medicamentos antivirais. Um deles é o Paxlovid, utilizado para amenizar a Covid em pessoas com sintomas leves e moderados, mas que podem progredir para um caso grave.Por fim, o médico destaca que as medidas não farmacológicas voltam a ter importância neste momento. Ele sugere o retorno do uso de máscaras no transporte público e em aglomerações. As pessoas mais vulneráveis, por sua vez, devem usar máscaras sempre que saírem de casa.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.Fonte: Metrópoles