

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), em conjunto com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil), divulgou, nesta terça-feira (6/12), uma pesquisa qualitativa sobre a população em situação de rua na capital federal. Os resultados são complementares à etapa quantitativa, publicada em junho deste ano. O principal objetivo é aprofundar o entendimento sobre população em situação de rua no DF e ampliar a elaboração de políticas públicas aplicadas sobre o tema.Segundo o estudo, dos 34 entrevistados nesta etapa, a maioria dos moradores investe em algum tipo de projeto ou desejo de saída da rua. Também anseiam por vida com mais qualidade de trabalho, alimento e moradia, como também sabem que dependerão de meios materiais para que a própria realidade seja alterada. Ao menos, 2.938 pessoas em situação de rua na capital federal, sendo 244 crianças ou adolescentes.A pesquisa percorreu as regiões do Plano Piloto (Rodoviária do Plano Piloto e Setor Comercial Sul), Águas Claras (uma incursão em campo e 2 entrevistas semiestruturadas), Taguatinga (Praça do Relógio e do entorno) e Ceilândia (PSul).O projeto de preparo foi elaborado em dezembro do ano passado e a etapa de campo ocorreu ao longo de dezembro de 2021, janeiro e fevereiro de 2022.A principal motivação para manutenção dessa realidade é o desemprego, seguido do alcoolismo e da morte dos pais. Uso de drogas, depressão, conflitos familiares e não ter clareza sobre a razão vem na sequência.De acordo com os dados, um terço dos entrevistados vive há mais de 10 anos nas ruas do DF e 20% deles estão há menos de um ano em situação de rua.Uma das principais características destacadas pelo estudo é a heterogeneidade dessa população. Além disso, elas possuem diferentes anseios pessoais, como: mudar de cidade conseguir emprego, viajar, obter renda ou até mesmo se manter na trajetória de rua.Outra conclusão do estudo, é que, no fim do ano, as barracas aumentam nos acampamentos já estabelecidos nas regiões administrativas. E, a maioria do material utilizado para construção de uma infraestrutura mínima, é muito vulnerável à variação das condições climáticas, como as chuvas. Essa finalidade específica dada aos materiais é conhecida como bricolagem (veja foto acima).Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no InstagramReceba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre o Distrito Federal por meio do WhatsApp do Metrópoles DF: (61) 9119-8884.Fonte: Metrópoles