

Seu Clóvis virou meme na Copa do Mundo de 2014 após a derrota de 7 x 1 do Brasil para a Alemanha. Com o apelido de Gaúcho da Copa, o homem faleceu em 2015, em decorrência de um câncer. Entretanto, o chapéu cheio de pins e a taça do Mundial continuam rodando o mundo e acompanhando a Seleção Brasileira na Competição. Frank e Gustavo, filhos do senhor, estão no Catar para estender o legado do pai.
Nesta terça-feira (6/12), os jovens concederam entrevista a Patrícia Poeta e Manoel Soares no Encontro e falaram sobre a sensação de representar o pai na Copa. “É uma sensação estar levando adiante a história do nosso pai, é uma sensação única. A gente recebe, não só nas redes sociais, mas como nas ruas aqui em Doha, no Catar, nos estádios, muitos relatos, pessoas vem nos abraçar, choram”, explicou Frank.
“Só de falar eu estou todo arrepiado porque são mensagens lindas de pessoas que se identificam, que se enxergam nessa homenagem que a gente vem fazendo desde 2016, na final das Olimpíadas do Rio de Janeiro (RJ)”, completou.
Na sequência, o jovem confirmou que os acessórios utilizados são os mesmos que Seu Clóvis levava para o estádio. “É a mesma taça que o veio usava, que ele levava, esse aqui é o último chapéu que ele usou, pode ver que ele está meio judiadinho. Tudo para dar sorte, é superstição, óbvio, nós brasileiros somos cheios de superstição e de mandinga”, explicou.
Frank aproveitou para contar histórias que emocionam os irmãos. “O pai colecionava pins e as pessoas têm chegado na gente com pins. Quando a gente estava embarcando de São Paulo para Doha, a moça da imigração nos presenteou com um pin. As pessoas falam ‘pelo pai de vocês, pelo que ele representou, um presente’. E a gente já está colocando alguns pins novos no chapéu que é essa conexão com a nossa continuidade com a nossa história”, pontuou.
“A gente chora direto com as coisas que vem acontecendo aqui. Ontem, um menino, de aproximadamente 10 anos, estava na fileira da frente do estádio e cutucou a gente e perguntou se era o senhor de 2014, fazendo o gesto de bigode. Imagina que já foi além. Ele tinha mais ou menos 10 anos”, completou Gustavo.
Por fim, Frank lembrou que se emocionou com o garotinho. “A gente esclareceu para ele que éramos filhos dele e ele perguntou se era a mesma taça, o mesmo chapéu. Ele encheu os olhos de lágrimas e nos abraçou muito e bateu foto. Ele está nas redes sociais”.
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Fonte: Metrópoles