

Ativistas dos direitos dos animais contestam a causa da morte do leão Nagan e acusam o zoológico municipal de Americana, no interior de São Paulo, de negligência e maus-tratos.
Nagan morreu aos 24 anos em 31 de dezembro de 2022. Na ocasião, o Parque Ecológico Municipal Engenheiro Cid Almeida Franco, onde o animal estava desde 2015, afirmou que Nagan tinha idade avançada e seria submetido à necropsia para constatar a causa da morte.
“A expectativa de vida em cativeiro, segundo especialistas, é de 20 anos. Ele estava sendo monitorado há alguns dias pela equipe de profissionais, recebendo medicamentos necessários, alimentação balanceada e específica diariamente”, informa a nota da prefeitura.
Magro e com larvas
Nas redes sociais, ativistas passaram a compartilhar imagens que mostram o leão magro e aparentemente debilitado. Também contestam a versão oficial de que Nagan teria morrido de velhice.
Com o mote “Justiça por Nagan”, o Grupo de Proteção Animal de Americana fez um protesto em frente ao zoológico em 8 de janeiro.
“Esse leão sofreu e muito. É abominável, é cúmulo, é além do limite o que esse coitado sofreu. O que muito me surpreende é nunca ninguém fazer nada”, publicou a ativista Mirella Cecchini.
O grupo chegou a acionar o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para acompanhar a necropsia de Nagan, realizada no dia seguinte. Segundo os ativistas, o animal estava com grande quantidade de larva e apresentava tumores visíveis.
“Nagan teve a cara toda comida por bicheiras, incontáveis furos feitos pelas larvas de moscas, musculatura do pescoço visível, tumor lábio e no pescoço visíveis”, afirmou. “Visível para qualquer leigo saber que sentia dor”.
O laudo do exame ainda não foi divulgado.
Fonte: Metrópoles