Uma influenciadora de Balneário Camboriú, Santa Catarina, causou polêmica nas redes sociais neste último domingo (27), após incentivar seus seguidores a não aceitarem como são. Trata-se de Bruna Rotta, que possui cerca de dois milhões de seguidores no TikTok e quase um milhão de seguidores em sua conta no Instagram. A publicação polêmica da modelo foi apagada após diversas críticas.Na postagem em questão, Bruna Rotta escreveu: “Gente, pelo amor de Deus não se aceitem! Façam dieta e academia todos os dias para ficar com a barriga assim, é muito bom!”, dizia a legenda de uma foto de biquíni, em tom motivacional. A publicação em questão, dividiu opinião de internautas nas redes sociais, houve quem concordasse com a influenciadora e quem discordasse completamente.Uma usuária, chamada Brenda Barros, deixou sua opinião e compartilhou seu ponto de vista. “Sou gorda, tenho 1,56 de altura e 90 quilos. NÃO ME ACEITO. Por estética? Não!!! Por saúde, estou tentando mudar. Depois de uma notícia em que você quase está diabética, começa a pesquisar sobre e vê que NÃO DÁ PRA ROMANTIZAR A OBESIDADE!! Façam academia sim, mude sua alimentação sim! Você merece viver mais”, disse ela. “Se ame! Faça reeducação alimentar pela sua saúde, a estética vem por consequência!”, disse outra internauta.Em contrapartida, houve quem criticasse a influenciadora. “Que besteira, gente. Bora reformular essa frase? “Se aceitem e se amem. Ninguém merece viver se comparando e se odiando. Seu corpo é lindo, você é linda e não deixe ninguém te acreditar do contrário. Cuide e nutra seu corpinho com muito afeto! Você merece. É bom demais!!!!”, escreveu uma terceira internauta. Outra usuária apontou a questão de procedimentos estéticos pela da imagem perfeita: “São por essas e outras “influencers” que muitas mulheres se frustram, se maltratam e fazem dietas restritas buscando a “barriga perfeita” muitas vezes obtidas através de procedimentos estéticos e muito patrocínio! Não se comparem!”, afirmou.Obesidade é doença?A obesidade é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) uma doença crônica —ou seja, um problema de longa duração, que muitas vezes acompanha o indivíduo para o resto da vida e exige cuidado constante. Ela pode prejudicar o organismo da cabeça aos pés, literalmente, aumentando o risco de diversas doenças (as chamadas comorbidades) e de morte precoce.“O tecido adiposo (gordura) produz diversos hormônios e outros fatores pró-inflamatórios. Seu aumento excessivo causa uma inflamação constante e pode alterar funções de diversos órgãos”, explica Rachel Freire, nutricionista especialista em obesidade, pós-doutorada em saúde pela Escola de Medicina da Universidade Harvard (EUA) e professora do Ipemed (Instituto de Pesquisa e Ensino Médico).Um estudo publicado pela revista Obesity Science and Practice rastreou dados de quase 3 milhões de adultos do Reino Unido por uma média de 11 anos. As pessoas com obesidade grau I demonstraram um risco cinco vezes maior de desenvolver diabetes tipo 2, em comparação a pessoas com peso saudável. Já para quem tem obesidade grau III, o risco foi 12 vezes maior. O excesso de gordura corporal também foi associado a uma probabilidade maior de ter doenças cardíacas, AVC (acidente vascular cerebral), apneia do sono, osteoartrite, certos tipos de câncer e transtornos psiquiátricos.Fonte: Metrópoles