Para certas coisas não tem jeito. Lula não resiste à tentação de dar estocadas quando deve ou quando não deve nos desafetos que mais o incomodam – pela ordem: o atual senador Sérgio Moro, que à época de juiz o prendeu e condenou, e o ex-presidente Bolsonaro.Em um prolongado café da manhã na quinta-feira (6/4) com dezenas de jornalistas no Palácio do Planalto, ele disse que só falaria do “que vamos fazer daqui para frente”. Mas, em seguida, ao responder a uma pergunta, encaixou:“[Paulo] Pimenta [ministro da Secom] tem me orientado todo dia a não falar nesses nomes que você falou [Moro e Bolsonaro]. Por isso que nem citei os nomes. Eu não tenho que falar nem da coisa nem do coiso”.Presume-se que a “coisa” seja Moro, o “coiso” Bolsonaro, porque foi nessa ordem que os dois foram citados na pergunta endereçada a Lula. Pimenta orientou Lula também a não falar mal do economista Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.Lula obedeceu. Mas falou mal, muito mal, da taxa de juros, o que, segundo ele, impede o país de crescer como deveria. Esse é um tema que dá conforto a Lula. Pesquisa Datafolha mostrou que 80% dos brasileiros reclamam dos juros altos.Fonte: Metrópoles