O DF registrou um aumento no número de casos de Covid-19. Foram registrados 1,477 mil novos casos da doença no DF, um crescimento de 225%. Mesmo que a capital não tenha registrado alta nas internações, há uma preocupação do Governo do Distrito Federal (GDF) com a manutenção do ciclo vacinal contra a enfermidade.
A elevação neste período já era aguardada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e Ministério da Saúde. Como forma de prevenção, o governo adotou estratégias para ampliar o acesso dos moradores da cidade às vacinas. As doses estão sendo disponibilizadas em unidades básicas de saúde (UBSs) e nas chamadas ‘ações extramuros’, realizadas em escolas e locais públicos.
“Com o aumento do número de casos de Covid-19 aqui no Distrito Federal é importante dizer para a população que o problema ainda não está totalmente resolvido e falar para aquelas pessoas que não completaram o ciclo vacinal da importância de procurarem um dos nossos postos de saúde para se vacinarem”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Valero Martins.
A capital federal contava apenas com 22,9% da população acima de 18 anos vacinada com o reforço bivalente, imunizante que garante a proteção contra a cepa original e as variantes da Ômicron, conforme a publicação do último Informativo de Imunização do DF, em 18 de setembro.
O número está muito abaixo se comparado com os percentuais de cobertura da primeira dose, 82%, e da segunda dose, 78,8%, além das doses de reforço, sendo 51,4% para o primeiro e 43,1% para o segundo.
“Acreditamos que esse baixo número de vacinados com a bivalente está relacionada a desvalorização que a vacina tem recebido nos últimos anos, além da baixa de guarda da população com o arrefecimento da doença. Mas a secretaria vem fazendo um trabalho de ir atrás dessas pessoas com ações para facilitar o acesso à vacina”, revela a coordenadora da Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Fabiana Fonseca.
“A vacinação das crianças também tem sido uma preocupação. Ainda temos muitas sem completar o ciclo vacinal contra a Covid-19. É importante que essa população também seja vacinada”, completa Fabiana.
Além das UBSs, os imunizantes contra a Covid e também contra outras doenças estão sendo ofertados em eventos em locais públicos, escolas, shoppings, órgãos públicos, feiras, Zoológico de Brasília e no Carro da Vacina, projeto criado em janeiro de 2022 que percorre várias localidades e bairros afastados para levar a vacina até o cidadão, incluindo os finais de semana. Os locais de vacinação podem ser conferidos diariamente no site da Secretaria de Saúde.
Imunização completa
Para estar em dia com a vacinação contra a Covid-19, o cidadão acima de 18 anos precisa ter a primeira e a segunda dose, que fazem parte do esquema primário, e o reforço bivalente, que pode ser tomado quatro meses após a cobertura inicial independente da marca do imunizante. Quem tomou as duas doses de reforço após o esquema primário também deve tomar o reforço bivalente. Quem não tiver recebido a primeira ou a segunda dose terá que iniciar o esquema vacinal com a dose monovalente antes de tomar a bivalente.
No caso das crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses, são aplicadas três doses de Pfizer Baby, com intervalo de quatro semanas entre as duas primeiras e oito entre a segunda e a terceira. As crianças de 3 e 4 anos que tomaram duas doses de Coronavac devem receber uma dose de reforço quatro meses após a segunda dose. Crianças de 5 anos a 11 anos recebem a vacina Pfizer Pediátrica. O esquema básico é de duas doses, com intervalo de 21 dias. Já o reforço (terceira dose) deve ser aplicado quatro meses após a segunda dose.
Fonte: Metrópoles