A atriz Marcella Rica, que recentemente terminou o seu noivado com Vitória Strada, saiu em defesa de Victor Meyniel e aproveitou para falar sobre a conscientização. O artista foi espancado por um estudante de medicina no último final de semana.
“Todos nós da comunidade estamos, infelizmente, acostumados a diariamente ser bombardeado com esse tipo de notícia e situações de vulnerabilidade, agressão e preconceito. Eu falo de um lugar de privilégio muito grande, de uma pessoa que nunca foi violentada dessa forma, talvez de outra. A omissão contribui constantemente para esse tipo de agressão”, disse Rica, em entrevista à Quem.
Na sequência, a atriz falou sobre a conscientização. “Eu vou falar sobre isso sempre. Homofobia é crime, e o Brasil ainda é um dos países que mais matam LGBTQIAP+ no mundo. Isso é um absurdo, e não precisa ser gay para lutar contra a homofobia. As pessoas devem começar a pensar em que lado da história estão, para quem estão passando pano e a que custo”, declarou.
Por fim, Marcella Rica refletiu sobre as agressões. “Quantas vidas mais vamos perder e quantas pessoas mais serão agredidas para que as coisas possam mudar? Não dá mais”, encerrou.
Leia a nota:
“Já esperávamos um depoimento favorável ao agressor, considerando que ele e a depoente são amigos e que em casos similares, a regra é tentar culpar a vítima pelo grave ataque que sofreu”,
A verdade é uma só e o depoimento parcial da amiga do agressor é incapaz de justificar o injustificável: o cruel e covarde espancamento revelado pelas imagens do circuito interno do edifício, e a omissão de socorro cometida pelo porteiro.
Victor reitera que os socos se iniciaram quando ele, sem entender o motivo pelo qual havia sido expulso do apartamento, perguntou o que estava acontecendo a Yuri, se as pessoas não sabiam que ele era gay. E que, no momento em que apanhava, ouviu Yuri dizer ‘eu não sou viado, você que é’. Os advogados confiam no bom trabalho de apuração policial e na Justiça”.
À polícia, amiga do agressor critica comportamento de Victor Meyniel
A amiga de Yuri de Moura Alexandre, Karina de Assis Carvalho, prestou depoimento na 12ª DP, em Copacabana, e apresentou a sua versão sobre aquele sábado (2/9), onde Victor Meyniel foi brutalmente agredido pelo estudante de medicina na portaria de um prédio.
À polícia, Karina disse que Victor foi expulso do apartamento após importuná-la. Segundo ela, o ator entrou no seu quarto sem bater na porta, e a chamou de “chata e esquisita”. Além disso, após ser expulso, ele tentou retornar ao imóvel diversas vezes e chegou a ameaçar Yuri.
“Eu vou f*der com a sua vida! Sua vida nunca mais será a mesma… Você não sabe quem sou!”, relatou ela sobre a fala de Victor.
No depoimento, Karina de Assis Carvalho afirmou, ainda, que sabe da orientação sexual de Yuri. Ainda de acordo com ela, naquele sábado (2/9), o amigo com quem divide o apartamento teria mostrado que estava com Victor Meyniel em casa, e que chegou a conversar com o ator através de uma chamada de vídeo.
Victor Meyniel foi agredido com socos por cerca de 30 segundos na portaria de um prédio na rua Siqueira Campos, em Copacabana, na zona sul do Rio. Câmeras do próprio edifício flagraram o momento em que Yuri de Moura Alexandre espanca o artista, deixa ele caído no chão e sai para ir para a academia. Ele está preso.
Fonte: Metrópoles