Quando o assunto é sexo, existem vários temas que dividem opiniões, como a melhor posição, melhor lugar para transar, luz acesa ou apagada e também a boa e velha disputa: sexo falado ou em silêncio?Os dois têm muitos adeptos, e a preferência de cada um vai depender de seu repertório erótico e que mais excita na hora H — por exemplo, se a pessoa curte algo mais selvagem ou mais profundo e com conexão.De acordo com a sexóloga Camila Gentile, a preferência por cada uma dessas modalidades de sexo pode ter como raiz um fetiche específico. “Existe o dirty talking, que não necessariamente envolve xingamentos, mas sim palavras para estímulo dos envolvidos; e o cumming, estímulo por meio de palavras sussurradas que podem envolver gemidos, gritos e expressões excitantes, por exemplo”, explica.Para a brasiliense Mariana*, de 28 anos, não há problema em falar, desde que seja natural e não fique forçado. “Claro que não precisa ser um silêncio mortal, mas tem uns caras que querem transformar o sexo em um pornô e ficam fazendo perguntas, falando toda hora sem parar. Isso me brocha”, conta.E vale ressaltar: mesmo em silêncio, o sexo não precisa ser desprovido de gemidos. Essa é a preferência de Pedro*, de 27 anos. “Gosto de um sexo com mais conexão, intenso, mas com bastante contato visual. Nesses casos, eu prefiro que não falem tanto e sintam mais. Mas, de uma forma geral, falar para fazer um elogio ou dizer o quanto está gostoso é sempre válido”, afirma.Como conciliar?
Com o diálogo é possível alinhar e resolver muita coisa no sexo, mas quando uma pessoa que gosta de falar e outra que gosta de silêncio vão para a cama, Camila aponta que é mais difícil chegar a um meio termo.“Se você estiver na cama com alguém que curte o sexo em silêncio e soltar um ‘me xinga’ ou ‘geme para mim’, não vai ser bacana. Por isso vale a conversa, pois faz você entender os limites do parceiro e vai deixar o sexo mais confortável e prazeroso”, ensina.De toda forma, é importante lembrar que não há certo ou errado; ou seja, o sexo pode ser muito prazeroso tanto falado quanto em silêncio, desde que as expectativas dos envolvidos sejam alinhadas e seus limites, respeitados.Fonte: Metrópoles