Se depender das opiniões dos ailurófilos (os amantes de gatos) e dos cinófilos (de cães), não há nada para ser discutido: para os primeiros, os gatos são muito mais espertos – e eles podem enfileirar uma série de adjetivos positivos a lista de qualidades dos bichanos.
A ciência, no entanto, tende a responder que os cachorros são mais inteligentes e adaptáveis, especialmente quando consideramos as habilidades que a espécie desenvolveu na convivência com os humanos. Se a esperteza está relacionada ao número de conexões nervosas, os cães levam vantagem na comparação entre as espécies.
Os neurônios
Uma equipe multidisciplinar formada por cientistas de diversas instituições comprovou que, apesar de apresentarem menor volume craniano (comparativamente ao peso total), os cachorros têm o dobro de neurônios no córtex cerebral, quando comparados aos gatos.
Esta região do encéfalo, também conhecida como “massa cinzenta”, é a responsável pelo pensamento, início dos movimentos voluntários, equilíbrio, postura e movimento, análise e julgamento. Nos humanos, é também a sede da linguagem.
O estudo, publicado na revista científica Frontiers of Neuroanatomy foi conduzido por pesquisadores do Brasil (UFRJ e USP), dos EUA (universidades de Richmond, Califórnia e Vanderbilt, a patrocinadora da pesquisa), África do Sul (Universidade de Witwatersrand, de Johanesburgo), sauditas (Universidade King Saud, de Riad) e dinamarqueses (Museu Zoológico de Copenhague).
Fonte: Metrópoles