Fernanda Torres foi a primeira convidada do Roda Vida, da TV Cultura, de 2024, e relembrou uma participação antiga no programa, em 1997, na qual falou sobre ter “preconceito contra crente”. A declaração virou uma espécie de “meme” nas redes sociais e até hoje o vídeo da atriz é bastante usado na web.
No programa, a atriz afirmou que assumiu outra visão sobre o assunto nos últimos 30 anos, e admitiu que hoje não repetiria a frase, além, de exaltar o papel dos evangélicos na sociedade.
“Jamais repetiria isso hoje. Os evangélicos ocuparam um lugar que o estado não ocupou”, começou Fernanda, durante o Roda Viva exibido nessa segunda-feira (8/1).
“Os evangélicos ocuparam um lugar que o Estado não ocupou. Eu acho triste que demonizam as religiões de matriz africana, acho triste isso no Brasil. Eu lutaria por um culto evangélico que fosse sincretista”, ressaltou a atriz.
Fernanda também abordou sua a visão de uma “branquitude intelectual” que foi predominante em um passado recente. Ao refletir sobre suas icônicas personagens, como a Vani de Os Normais, ela disse que a série não poderia existir hoje em dia, atribuindo a produção a uma visão de mundo comum a uma libertária zona sul carioca que teria ficado no passado.
“Acho que quem tá meio perdido hoje é esse branco libertário. São pessoas como eu (risos). E é também do ponto de vista intelectual. Eu olho o programa do Mano Brown[o podcast Mano a Mano, do Spotify], e ele sabe exatamente o que ele quer, o que ele tá fazendo. O problema é que o intelectual branco, antes ele era o porta-voz do povo, ele era livre. E o porta-voz do povo hoje, o povo fala por si. Eles estão achados, os perdidos somos nós”, completou.
Fonte: Metrópoles