O município do Rio de Janeiro anunciou nesta sexta-feira (29/3) o fim da epidemia da dengue, em função da queda do número de casos e melhoria da situação. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que os polos de atendimento a pacientes com dengue ou suspeita da doença começaram a ficar esvaziados e, por isso, seu funcionamento será encerrado.
A partir de agora, o foco da Secretaria Municipal de Saúde do Rio será a vacinação contra a gripe Influenza.
“O número de casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro caiu muito. A gente tem menos de 500 casos por dia e os polos de atendimento já começam a ficar muito vazios”, afirmou o secretário à GloboNews na manhã desta sexta.
“A gente teve uma epidemia na cidade do Rio de Janeiro que gerou 7 mortos. Foram quase 100 mil casos da doença, mas, felizmente, foi a menor taxa de letalidade da nossa história”, completou ele.
Ainda assim, as autoridades alertam para que a população mantenha os cuidados com a prevenção de focos do mosquito Aedes aegypti, pois casos ainda podem ocorrer.
Pior epidemia da história
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) anunciou, na quinta-feira, que este ano será o pior da história da epidemia de dengue.
“Já temos 3,5 milhões de casos registrados. Isso representa três vezes mais do que o contabilizado no mesmo período de 2023, que foi o ano recorde de infecções no mundo. No ano passado, foram 5 milhões de casos, e dificilmente não superaremos este número”, disse o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, em coletiva de imprensa.
Barbosa também destacou que o Aedes aegypti está conseguindo chegar a mais zonas das Américas do que ele normalmente circulava, como o sul dos Estados Unidos e do Chile. “Os mosquitos precisam de ambientes quentes e úmidos, e as mudanças climáticas estão aumentando a área de atuação deles”, afirma.
Lista de municípios que receberão vacina contra a dengue
Na quinta-feira (28/3), o Ministério da Saúde do Brasil definiu os 675 municípios que serão contemplados com a vacina contra a dengue, destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, público que concentra o maior número de hospitalização pela doença.
A prioridade foi estabelecida com base em regiões com altas taxas de transmissão, seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o Ministério da Saúde, o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
No estado do Rio, vão receber doses do imunizante os seguintes municípios:
Rio de Janeiro
Nilópolis
Duque de Caxias
Nova Iguaçu
São João de Meriti
Itaguaí
Magé
Belford Roxo
Mesquita
Seropédica
Japeri
Queimado
Fonte: Metrópoles