Cerca de 40 cães apresentaram sinais de envenenamento no último mês, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Isso acendeu um alerta para os tutores, que começaram a investigar possíveis fontes de intoxicação e a adotar medidas preventivas para proteger os pets.


A intoxicação em animais ocorre não apenas por ingestão, mas também por inalação. De acordo com o médico veterinário Thiago Borba, existem sinais comuns que podem ajudar os tutores a identificar se o pet está intoxicado.
“Salivação excessiva, incordenação e tremores são os sinais clássicos da intoxicação”, explica o veterinário ao Metrópoles. Outros sintomas incluem dor abdominal aguda, vômito e diarreia, que costumam ser hemorrágicas em alguns casos.
A gravidade de um envenenamento depende da quantidade de produto ingerido
Caso o animal apresente algum desses sintomas, Thiago recomenda levá-lo a uma clínica veterinária. “A recomendação de como agir após identificar a possível intoxicação é identificar o agente que causou a intoxicação, manter seu pet bem ventilado e ir para uma emergência”.
Em relação ao uso de carvão ativado, produto comumente utilizado para diminuir a absorção de toxinas em pets, Thiago alerta: “Não deve dar nenhum tipo de alimento com o propósito de ‘cortar’ os efeitos da intoxicação, porém em alguns casos, o uso de carvão ativado pode ajudar a conter a intoxicação”.
Como prevenir
Os casos de envenenamento e intoxicação de pets costumam acontecer na rua, onde pessoas mal-intencionadas espalham veneno ou produtos químicos pela calçada. Apesar do risco, é possível tomar alguns cuidados para prevenir esses incidentes durante o passeio.
“Sempre andar com seu pet na guia usando coleira ou enforcador, evitar que fique farejando o chão e sempre se adiantar aos perigos do caminho, como sacos de lixo, restos de comida e animais mortos”, recomenda Thiago.
Entenda o caso
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o envenenamento de cerca de 40 cães no Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. A suspeita é de que administradoras dos condomínios da região tenham usado uma substância tóxica em canteiros e calçadas para, a princípio, evitar a proliferação de ratos e insetos.
De acordo com a polícia, ao menos seis cães teriam morrido por conta do envenenamento. Um dos animais pertencia ao ator Cauã Reymond. O artista usou as redes sociais, no sábado (8/6), para se despedir de seu cachorro, batizado de Romeuzin.
Fonte: Metrópoles