O cantor Zezé Di Camargo é mais feliz em cima do palco. Seja sozinho, com seu projeto Rústico, ou em dupla, ao lado do irmão Luciano, é diante do público que o sertanejo gosta de estar. “Sempre foi o lugar que eu mais amei na vida”, disse. Em um bate-papo, o músico falou da nova fase na carreira e dos rumores do fim da dupla com Luciano.
O sertanejo se apresenta neste sábado (11/01) no Espaço Hall, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com seu projeto solo, em um show que vai contar com grandes clássicos, mas também com novas composições feitas especialmente para o novo momento da carreira. Os portões se abrem às 20h e os ingressos estão disponíveis na internet ou na bilheteria da casa.
Na conversa com a coluna, Zezé Di Camargo falou sobre como é se apresentar sem o irmão, com quem divide espaço há mais de 30 anos. “Então, eu não acho diferença nenhuma assim. É claro que você olha pra esquerda de vez em quando, esperando ver o irmão do lado, né, afinal, estamos há anos e anos juntos. E continuamos!”, garantiu o sertanejo.
Apesar de viajar o Brasil com seu show solo, o músico garante: a dupla segue firme e forte. Luciano também deu início a uma carreira longe do irmão, mas no segmento gospel. Para Zezé, tudo pode coexistir em harmonia. “É um sonho do Luciano fazer o projeto que ele está fazendo, como é o meu sonho também. Então eu acho que são coisas que podem andar paralelamente e que não vão interferir jamais na dupla. Pelo contrario, vão somar”, apontou.
Sucesso por onde passa, o projeto Rústico deve ganhar uma sequência em breve, afirmou Zezé Di Camargo. “A gente está trabalhando, inclusive, já no segundo DVD, o Rústico 2”, disse o cantor. “É um projeto que jamais deixará de existir”. Mesmo assim, shows ao lado do irmão seguem na agenda. “Já temos shows da dupla fechado em 2025. A dupla jamais vai deixar de existir, porque é uma coisa que não pertence a nós, pertence ao povo do Brasil, que nos consagrou”.
Confira o bate-papo:
Qual é a principal diferença entre se apresentar sozinho e ao lado do Luciano?
Então, eu não acho diferença nenhuma assim. É claro que você olha pra esquerda de vez em quando, esperando ver o irmão do lado, né, afinal, estamos há anos e anos juntos. E continuamos! A diferença é que eu canto um repertório praticamente igual ao que eu canto nesses anos todos, fora as músicas novas que eu gravei sozinho do projeto Rústico. Então, eu me sinto em casa. O palco sempre foi a minha casa, né? Sempre foi o lugar que eu mais amei na vida. E é o lugar que amo!
Existe alguma música no show que você considera especialmente marcante na sua trajetória?
Bom, é difícil citar uma música que seja marcante na minha carreira, porque foram várias, né? A gente tem vários clássicos cantados pela gente, escritos por mim, enfim, músicas que se tornaram hinos na boca do povo, do povo brasileiro, em qualquer classe social, em qualquer lugar do Brasil, por exemplo, “No dia em que sai de casa”, “É o amor”, “Pra não pensar em você”, “Você vai ver”, “Pão de mel”, “Para mudar a minha vida”. Enfim, é muito difícil, mas eu gosto muito de “No dia em que sai de casa”, pela história que ela fala, que o filho sai de casa, tem que deixar os pais em busca de algo mais na vida, procurando seu espaço e pelo sucesso que ela fez no filme, então acho que no dia em que sai de casa é uma música fundamental no nosso show e no meu show também.
Você sente mais liberdade artística ao realizar um projeto solo?
Tem o ônus e o bônus. Me sinto a vontade, mas também, se der alguma coisa errada, é você sozinho que tem que arcar com problema sozinho.
Há planos para novos álbuns ou projetos solos?
Ah, sim, com certeza. A gente está trabalhando, inclusive, já no segundo DVD do Rústico , Rústico 2. Vou ter o meu cruzeiro novamente, em janeiro do ano que vem, de 11 a 14 de janeiro, o Zezé Di Camargo Rústico. Já está vendendo, inclusive, as cabines. Tem várias vendidas, inclusive. Continua do mesmo jeito. Esse ano, provavelmente, eu devo fazer em torno de quase 100 shows do Rústico. Já tem vários vendidos. É um projeto que jamais deixará de existir. Já temos shows da dupla fechado em 2025. Claro que a dupla existe, que a dupla jamais vai deixar de existir, porque é uma coisa que não pertence a nós, pertence ao povo do Brasil, que nos consagrou, mas o Zezé di Camargo Rústico é a menina dos meus olhos no momento, com certeza.
O que você gostaria de deixar como legado nessa nova fase solo?
Bom, o legado que eu gostaria de deixar, eu acredito que já deixei, né? São canções que se perpetuam ao longo do tempo. Há músicas com 33, 34 anos de vida que continuam sendo sucesso até hoje, cantadas pelo povo, seja sozinho ou com o meu irmão. O legado e a história musical da minha vida já estão construídos, já estão escritos. Isso está registrado no filme, na minissérie que fiz para a Netflix e nas canções que escrevi, que são sucesso tanto na minha carreira quanto na de muitos artistas. Então, acredito que o legado já está aí e vai permanecer. Independente do que eu faça daqui para frente, a história já está construída.
Desde que você começou o projeto Rústico, surgiram boatos sobre o fim da dupla Zezé Di Camargo e Luciano. Você já disse que são projetos separados. Como lida com essa especulação constante sobre o fim da dupla?
É claro que a pretensão da gente é fazer o nosso projeto, tanto o Luciano fazendo o dele como eu fazendo o meu. São trabalhos que não atrapalham a dupla, são coisas que, pelo contrário, eu acho que vai ajudar. É um sonho do Luciano fazer, há muitos anos, o projeto que ele está fazendo, como é o meu sonho também, né, de fazer um projeto voltado só para coisas que eu decida sozinho, se eu quebrar a cara tudo bem, se eu me der bem, mérito meu. Enfim, é uma coisa que eu já sonhava fazer há muito tempo, então eu acho que são coisas que podem andar paralelamente e que não vão interferir jamais na dupla. Pelo contrario, vão somar. E com relação à especulação do fim da dupla, sinceramente, eu nem vejo isso, nem ouço isso, não me preocupa, o que importa é o que está na minha cabeça, no nosso coração, o ideal que eu tenho, que eu sei aonde vou chegar. Minha vida sempre foi pautada por isso, por aquilo que eu quis fazer, por aquilo que eu tenho como uma filosofia, uma frase que eu carrego comigo é que “nada vence o trabalho”, quando você tem foco e trabalho e acredita em Deus e você, nada vai impedir você de chegar no seu objetivo, então eu sou tranquilo com relação a isso.
E o projeto do Navio do Zezé? As cabines para 2026 já estão sendo vendidas. Por que decidiu fazer o navio solo? Não existia o navio do Zezé e Luciano?
Então, as cabines já estão sendo vendidas, como eu já disse, decidi fazer o navio sozinho, porque eu queria testar a minha capacidade de fazer um trabalho tão grandioso, sozinho, e graças a Deus foi um sucesso, tanto que a gente está fazendo de 2026, é uma coisa que eu trabalhei muito, sempre trabalhei para que o resultado fosse o melhor, e achei que chegou o momento de eu fazer esse projeto Rústico em alto mar, voltado para mim. Chegou o momento de eu pensar no Zezé di Camargo, no ser humano Zezé di Camargo.