A alta no preço do café, criticada pela oposição ao governo Lula na eleição da nova Mesa Diretora da Câmara e do Senado, gera efeitos financeiros no Congresso. Em licitação aberta, o Senado prevê uma despesa de R$ 1,4 milhão na compra de café em pó para entrega imediata. Serão 38 mil pacotes de 500 gramas. O preço unitário de cada pacote foi calculado em R$ 37,90.
A compra é conduzida pela Coordenação de Administração e Suprimentos de Almoxarifados do Senado. A empresa vencedora terá 20 dias úteis, a partir da emissão da nota de empenho, para realizar a entrega do produto. O prazo de validade do café deverá ser de, no mínimo, 18 meses.
O pó de café comprado pelo Senado deve ser de “qualidade superior, 100% arábica”, acondicionado em embalagens a vácuo, com torra e moagem médias. “Na composição, não poderá haver percentual de grãos pretos, verdes e ardidos que comprometa a qualidade global especificada”, diz o edital.
“Nem picanha, nem café”
Em fevereiro, na ocasião das eleições para a presidência da Câmara e do Senado, parlamentares da oposição rebateram o slogan usado por governistas com uma crítica ao preço do café e da picanha. Enquanto os apoiadores de Lula no Congresso compareceram às sessões com bonés com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros”, representantes da direita ostentaram o slogan “Nem picanha, nem café”.
A frase buscava atribuir responsabilidade ao governo Lula pela alta dos preços dos produtos nos supermercados. O protesto da oposição também contou com pacotes de café com a foto do presidente Lula.