Após oito dias internada em estado grave, na UTI do Hospital Santa Luzia, a estudante Maria Eduarda Mesquita Resende, 18 anos, acordou e já iniciou sessões de fonoaudiologia, menos de 24 horas após ser extubada. Atropelada em uma faixa de pedestres no Guará 2, em 15 de julho, ela estava em coma induzido desde o dia do acidente.
A evolução rápida surpreendeu os profissionais de saúde. Segundo a fonoaudióloga Cristiane Alves, que iniciou o atendimento nesta quarta-feira (23/7), Maria Eduarda já consegue executar comandos simples, como mover os membros e responder com gestos, além de tentar se comunicar verbalmente.
“Ela está indo bem, tentando se comunicar. Todos os comandos simples que pedimos, ela executou. Já tentou até dizer ‘tudo bem’ e está evoluindo. Como saiu do tubo hoje, vamos devagar, estimulando deglutição e força de tosse, e aumentando aos poucos”, explicou Cristiane.
A mãe da jovem, Ana Paula Mesquita, 38 anos, comemorou a notícia e destacou a força da filha, que nem precisou de traqueostomia para respirar.
“Estamos todos chocados com tamanha evolução e a rapidez com que ela está se recuperando, sem intercorrências. Ela é ansiosa e apressada igual à mãe”, brincou.
Apesar da melhora no quadro, a família reforça que as doações de sangue continuam importantes para outros pacientes. Quem quiser ajudar deve procurar o Banco de Sangue de Brasília, no Centro Clínico Advance (915 Sul, 2º subsolo), de segunda a sábado, das 7h às 12h30, com agendamento pelos telefones (61) 99939-2799 ou (61) 3011-7531.
Relembre o caso
Maria Eduarda foi atropelada por volta das 11h40 do último dia 15, enquanto atravessava a QE 30 do Guará 2 para ir à academia. Ela já havia passado pela primeira faixa de pedestres quando foi atingida por um Hyundai IX35, em baixa velocidade.
O motorista, identificado como Gentil Caetano de Souza Filho, 55, parou para prestar socorro à vítima e acionou o resgate. Ele também permaneceu no local durante todo o atendimento.
“Ele não teve culpa, e sei que está tão abalado quanto nós. Não estamos aqui para acusar alguém. Só queremos salvar minha filha”, ressaltou Ana Paula.
No momento do socorro, Maria Eduarda ainda estava consciente, mas seu estado piorou rapidamente no hospital devido a um edema cerebral. Ela precisou passar por uma craniotomia de emergência e permaneceu em coma induzido por cerca de uma semana.
Agora, familiares e equipe médica comemoram cada pequeno avanço e aguardam que a jovem recupere completamente a fala nos próximos dias.