Ter um hobby como passatempo é importante em qualquer fase da vida. Uma pesquisa britânica publicada nessa segunda (11/9) mostra que o hábito é especialmente importante para proteger a saúde mental de pessoas acima dos 65 anos.
Segundo o estudo, liderado pela University College London (UCL) e publicado na revista Nature Medicine, ter um hobby está associado a uma quantidade menor de sintomas depressivos e a níveis mais elevados de felicidade, saúde auto-relatada e satisfação com a vida entre pessoas idosas.
Os pesquisadores analisaram os dados de 93.263 pessoas com 65 anos ou mais que se inscreveram em cinco estudos longitudinais (que coletam dados repetidamente) na Inglaterra, Japão, Estados Unidos, China e 12 países europeus.
“Nosso estudo mostra o potencial dos hobbies para proteger os idosos do declínio relacionado à idade na saúde mental e no bem-estar. Os benefícios são universais”, afirma a autora principal do estudo, Karen Mak, em entrevista ao Eureka Alert.
Fotografia de idoso segurando bola
Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização Pixabay
Qual hobby praticar
Os hobbies, definidos como atividades que as pessoas realizam durante seus momentos de lazer por prazer, podem variar desde trabalhos voluntários e clubes de leitura à jardinagem, jogos e desenhos.
O estudo aponta que os países com melhor esperança e satisfação com a vida são aqueles com maior número de pessoas que possuem um hobby. Os dados mostram que tinham uma atividade preferida para lazer:
96% dos participantes da Dinamarca;
95% dos da Suécia;
94,4% dos da Suíça;
51% dos da Espanha;
37% dos da China.
“O trabalho teórico sugere que a relação entre hobbies e bem-estar pode ser de ambos os lados – pessoas com melhor saúde mental podem ter maior probabilidade de adotar um hobby, e persistir nele pode ajudar a manter uma maior satisfação com a vida”, destaca Karen.
Fonte: Metrópoles