Muitas vezes, os padrões de beleza impostos pela sociedade são inalcançáveis. Isso causa uma frustração muito grande em quem quer ter o rosto ou o corpo “perfeitos”, mas nunca consegue chegar lá. E, com as comparações injustas nas redes sociais, a situação piora ainda mais.
Quando o problema fica mais severo, pode surgir a dismorfia corporal, um transtorno psicológico que faz com que a pessoa tenha uma percepção alterada do próprio corpo. Ela pode acabar, por exemplo, vendo defeitos que não existem ou mesmo que estão lá, mas são muito menores do que ela pensa.
Quem percebe esse problema precisa buscar ajuda profissional rapidamente. “A dismorfia corporal é um transtorno psicológico sério, que pode comprometer não só a saúde mental, mas também a física. O tratamento com psicoterapia e, em alguns casos, com acompanhamento médico, é essencial para que a pessoa possa reconstruir uma relação saudável com sua própria imagem”, diz a psicóloga Valeska Bassan, especialista em transtornos alimentares.
A especialista lista 5 sinais de dismorfia corporal para ficar de olho:
Preocupação extrema com detalhes do corpo
Um dos principais sinais da dismorfia corporal é a obsessão com partes específicas do corpo, como nariz, pele, cabelos ou peso. “A pessoa tende a focar em uma imperfeição mínima ou inexistente, o que gera um nível elevado de angústia”, explica Valeska. Essa insatisfação pode interferir na autoestima e no bem-estar mental, levando a comportamentos extremos.
Comparações constantes com outras pessoas
Pessoas com esse problema acabam tendendo a se comparar o tempo todo com os outros. E o pior é que, quando isso é feito pelas redes sociais, a pessoa pode acabar se comparando com rostos e corpos que nem existem de verdade, modificados por filtros e edições.
Comportamentos repetitivos para “corrigir” a aparência
A dismorfia corporal frequentemente leva a comportamentos compulsivos, como olhar-se no espelho diversas vezes ao dia, camuflar partes do corpo com roupas ou maquiagem, e até buscar procedimentos estéticos. “Esses comportamentos podem dar uma sensação temporária de alívio, mas logo a insatisfação volta, alimentando um ciclo vicioso”, comenta a psicóloga.
Fonte: Metrópoles