

Rio de Janeiro – Segundo o novo depoimento de Thayna de Oliveira Ferreira, a babá de Henry Borel Medeiros, ao qual o Metrópoles teve acesso, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), abraçou o menino antes de chamá-lo para o quarto do casal e agredi-lo.
Segundo a jovem, no dia 12 de fevereiro, por volta das 15h30, Jairinho chegou em casa mais cedo, para surpresa de Thayna. Ao entrar no apartamento, o político deu um abraço em Henry e disse para o garoto: “Vem aqui, que vou te mostrar um negócio que comprei”.
Em seguida, o menino foi para o quarto do vereador com Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, mãe da criança. Ao entrar, segundo depoimento de Thayna, Henry chamou pela babá como “ô, tia”.
A jovem, então, seguiu até a porta do quarto, que estava fechada, e ouviu a televisão em alto volume. Em seguida, a babá pegou o celular e avisou a Monique que os dois estavam trancados no quarto do casal.
Cerca de 10 minutos depois, Henry deixou o quarto e foi ao encontro de Thayna. A babá contou que o menino reclamou de dor no joelho e a empregada perguntou ao menino o que havia acontecido. A criança respondeu que era pela “banda” recebida.
“Que Henry ficou “amuadinho”, sem falar nada; Que Henry reclamou de dor no joelho e Rosangela (a empregada) perguntou até se Henry havia machucado o pé; Que Henry respondeu que era pela “banda”, mas não explicou exatamente e Rosangela também não perguntou, até porque já estava pegando sua bolsa para ir embora, tendo ido logo em seguida”, disse Thayna, em depoimento.
“Que, perguntada se se lembra do que foi relatado por Henry, a declarante (Thayna) respondeu que, tal como consta nos “prints”, Henry falou à declarante que Jairinho tinha dado uma “banda” nele e chutado; Que quanto ao “toda vez faz isso”, a declarante afirma que Henry que relatou isso para ela, ou seja, que Jairinho sempre fazia isso com ele”, contou a babá em outro trecho.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana anterior normal.
Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo registro policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.
Fonte: Metrópoles