A Rede Globo, que adora fazer matérias investigativas sobre os mais diversos assuntos, não consegue colocar em ordem sua própria casa – principalmente a alta diretoria da emissora. Acusações de assédio sexual, moral, casos de racismo, homofobia e transfobia são recorrentes com funcionários do grupo Globo.
Uma emissora que fala de diversidade e não consegue reproduzir isso entre seus altos diretores – em sua maioria são homens brancos e que lidam com racismo e outras causas como um assunto “bonitinho” para exibir, já que 95% das acusações de casos de assédio e racismo são arquivados. Basta ver o caso da atriz e apresentadora Dani Calabresa, que seu possível algoz foi absolvido dentro do conselho de ética da emissora antes mesmo de uma decisão oficial da Justiça.
Os funcionários da emissora não estão protegidos. Pelo contrário! Vivem sob constante ameaça de terem suas carreiras enterradas se denúncias forem feitas. O recente caso das atrizes Cinara Leal, Roberta Rodrigues e Dani Ornellas, que denunciaram o diretor Vinicius Coimbra. mostra aquela velha máxima de “homens brancos poderosos protegem homens brancos poderosos” e não porque são amigos, mas porque tem medo de suas histórias virem à tona.
A mesma emissora que sempre se coloca no papel de cobrar providências em suas matérias investigativas, mostra que em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Afinal, a emissora não comentou o caso de racismo, mas fez questão de deixar claro que o diretor acusado não foi afastado.
Os corredores da Globo se transformaram em um grande e escuro beco de rua, onde você pode sofrer algo, mas tudo será encoberto para que todos finjam que nada aconteceu. Dias fúnebres para mulheres e negros na maior emissora do Brasil.
Fonte: Em off