A chef de cozinha Jéssica Jordão Carvalho, mãe do garoto agredido pelo padrasto no Rio de Janeiro, afirma ter sido espancada por Victor Arthur Possobom (foto em destaque), com quem se relacionou durante dois anos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (16/9), a denúncia contra o empresário e pediu a prisão preventiva de Victor, assim como a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Jéssica contou que ficou grávida do agressor — que tem uma tatuagem com a palavra família no ombro esquerdo — após um suposto estupro, mas perdeu o bebê, segundo ela, em decorrência das violências físicas que sofria. “Ele colocava sempre a luva de boxe para eu não ficar com tantas marcas e falava para eu ficar parada e me batia. Eu, parada na parede, e soco na cara, na barriga. Ele me enforcava e aí, nossa, a maioria era no rosto e na barriga”, disse a mulher, em entrevista à TV Globo.
“Ele geralmente tentava dar mais no meu rosto, mas geralmente eu sempre caía, então, eu batia com a barriga no chão e aí às vezes ele dava um chute ou então socava a minha barriga, ele sempre batia na barriga e no rosto, sempre”, prosseguiu Jéssica.
Jéssica e Victor namoraram por dois anos. Ela já era mãe do menino quando começou a se relacionar com Possobom. Eles tiveram, juntos, uma filha, que hoje tem um ano. De acordo com relatos de testemunhas, o homem teria fugido com a menina.
Em 2013, Victor foi preso em flagrante por supostamente agredir a própria mãe durante uma discussão doméstica. No boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve acesso, o acusado declarou que apenas tentou “intervir” em uma briga entre a mãe e uma namorada, “escorando a genitora contra a parede” para evitar o confronto.
Em conversas cedidas à reportagem, o homem chegou a ameaçar a própria mãe para que ela conseguisse a guarda da filha.
Imagens estarrecedoras mostram as agressões que uma criança de apenas 4 anos sofria do padrasto. O caso, ocorrido em fevereiro, está sob investigação da 77ª DP (Icaraí). As imagens vieram à tona nessa quinta-feira (15/9).
Nos vídeos, é possível ver o homem ao lado do garoto no sofá de um prédio. No outro registro, já dentro do elevador, o agressor checa a máscara do menino e, em seguida, o sufoca.
A reportagem tentou contato com as defesas do acusado e de Jéssica, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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Fonte: Metrópoles