Uma moradora do Varjão foi levada à 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) nesta quinta-feira (20/5) após ser flagrada por vizinhos dando uma surra de cinto no próprio filho, uma criança de nove anos. O caso é investigado, por enquanto, como maus-tratos.
As imagens, gravadas nesta semana, foram enviadas ao Conselho Tutelar da região e à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
No vídeo, é possível ver o momento em que a mulher, após dar broncas e xingar o menino, usa o cinto para agredi-lo repetidas vezes. Segundo a PCDF, a mulher foi identificada e conduzida para prestar depoimento. A criança fez exames no Instituto Médico Legal (IML).
Na gravação, ela pede a um outro filho que busque o cinto. A mulher reclama e grita que o menino deixou um balde cheio de água na área de serviço: “Chega, quantas vezes eu falei pra limpar isso aqui? Não é pra chorar não, quantas vezes te falei sobre isso aqui? Falei que não é pra deixar água dentro de balde”.
A mulher, que não teve o nome divulgado para não expor as crianças, chega a ameaçar o filho: “Te falei seu filho da p…, olha o que você faz cara, como você faz isso aqui? Vou te matar”
“Você vai tirar tudo, você vai jogar a p… da água limpa, você vai jogar sabão, vai esfregar com a p… da escova, vai raspar com o rodo, passa a p… do pano. Passa e enxuga”, continua a gritar.
As cenas são fortes. Para não expor as crianças, o Metrópoles borrou as imagens e suprimiu os nomes ditos durante as agressões.
“A delegacia aguarda a confecção do laudo. O inquérito policial que apura os referidos fatos já foi instaurado e outras informações serão prestadas no tempo oportuno”, disse o delegado chefe da 9ª DP, Jônatas Silva.
Segundo apurado pelo Metrópoles, a mulher responsável pelas agressões, tem três filhos. Um deles está com o pai e os outros dois estão aos cuidados do Conselho Tutelar do Varjão.
Vizinhos da mulher contaram que não é a primeira vez que ela agride os filhos. A mãe foi ouvida também pelo Conselho Tutelar, que recebeu o vídeo na terça-feira (18). Na mesma noite, os conselheiros foram à casa dela, com a Polícia Militar, mas o imóvel estava vazio.
No dia seguinte, a mãe foi ouvida e a denúncia encaminhada à PCDF. Após o depoimento na DP, ela foi liberada.
Fonte: Metrópoles