Considerado tão prejudicial à saúde quanto cigarros convencionais e proibido para crianças e adolescentes, o narguilé foi experimentado, ao menos uma vez, por 50,6% dos jovens de 13 a 17 anos do Distrito Federal. É o que indica a mais recente edição do Informe Epidemiológico do Programa de Controle do Tabagismo — 2021, da Secretaria de Saúde (SES-DF). Além disso, o documento mostra que, aproximadamente, 12% dos brasilienses adultos são fumantes.
O levantamento da pasta também alerta para o crescimento da procura por dispositivos eletrônicos, como cigarros eletrônicos, e ressalta que esses itens têm sido aparelhos têm sido usados, na maioria dos casos, por jovens, inclusive os que nunca fumaram cigarros industrializados. Para a Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis da SES-DF, a preocupação aumenta devido ao modismo e à inclusão de essências com sabores e aromas aos produtos.
Atualmente, 56 unidades da secretaria trabalham com tratamento do tabagismo. A abordagem funciona de forma múltipla, com assistentes sociais, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, médicos, entre outros profissionais. A porta de entrada para buscar o atendimento são as unidades básicas de saúde (UBSs).
Os pacientes podem buscar o serviço por conta própria ou por encaminhamento. O tratamento inclui a participação em grupos terapêuticos, atendimentos individuais e ou consumo de medicações indicadas, além do uso de adesivos para a reposição da nicotina durante o período de interrupção do consumo.
O índice de sucesso do atendimento gira em torno de 34%, segundo o informe epidemiológico. A taxa representa a proporção de pacientes sem fumar na quarta sessão do tratamento. A porcentagem se manteve em patamar semelhante mesmo com a redução de atendimentos na pandemia.
A crise sanitária provocada pelo novo coronavírus fez cair o número de pacientes que buscam ajuda para parar de fumar, segundo a SES-DF. De 2.598 atendimentos em 2019, a quantidade baixou para 757, em 2020. A expectativa da pasta é que o último trimestre deste ano e o início do próximo tragam retomada da demanda, além de que ocorram atividades de prevenção, inclusive para adolescentes.
Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Correio Braziliense