Após acordo, o policial Matthew Schrenger receberá US$ 75 mil de indenização da cidade de Louisville, Kentucky, EUA, informa a ACI Digital. Esse pagamento se dará em razão de uma injusta suspensão do oficial por estar uniformizado enquanto rezava contra o aborto em frente a uma clínica que realiza tal ato.
Essa mesma fonte relata a participação de Matt Heffron, advogado da Thomas More Society, no caso, representando judicialmente o policial Schrenger. “O tratamento dado ao policial Schrenger foi particularmente desonroso, considerando que outros policiais de Louisville já haviam marchado, enquanto estavam em serviço e uniformizados, em protestos políticos que, aparentemente, foram aprovados pelo departamento de polícia”, disse Heffron.
“Ele foi tratado de maneira muito diferente de outros policiais que, sem dúvida, se envolveram em protestos e noutros ativismos políticos ao participarem de manifestações LGBT e Black Lives Matter”, continuou o advogado.
A Thomas More Society, cujo nome homenageia São Tomás More, é um escritório de advocacia concentrado em casos relacionados a pautas conservadoras, como direito à vida, proteção à família e liberdade religiosa.
O caso Schrenger
De acordo com informações da ACI Digital, no início da manhã do dia 20 de fevereiro de 2021 o policial Matthew Schrenger estava de folga quando parou para rezar com seu pai na calçada em frente ao Centro Cirúrgico de Mulheres EMW. Ambos participavam da campanha “40 Dias pela Vida”, cujo objetivo é erradicar o aborto por meio de orações e jejuns oferecidos a Deus.
O oficial, então, foi suspenso por quase cinco meses. Além disso, teve seus poderes policiais alienados e sofreu investigação. Segundo o Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville, houve punição pelo fato de Schrenger estar usando uniforme completo e tentar encobri-lo com um casaco enquanto participava de “atividades de protesto”.
O ato foi comprovado por um vídeo transmitido pela TV WDRB. Nessas imagens, vindas de câmeras de vigilância, Schrenger foi visto rezando e andando por cerca de 45 minutos do lado de fora da clínica, segurando um cartaz com a seguinte frase: “rezar para acabar com o aborto”.
“Ele não se envolveu em nenhum protesto político durante o serviço. Ele rezou em silêncio. Porém, o policial Schrenger foi punido por esse comportamento privado e pacífico”, exclamou o advogado Matt Heffron.
A defesa de Schrenger
O acordo ocorre três meses depois que Schrenger processou o prefeito, o chefe de polícia e o departamento de polícia da cidade numa ação federal apresentada pela Thomas More Society, conta a ACI Digital.
Heffron considera as ações da cidade contra o oficial veterano “uma violação significativa e imperdoável dos direitos constitucionais de um oficial leal”, além de ter acusado o departamento de polícia de “padrão duplo”.
Nas palavras do advogado, “a disciplina injusta revelou inegavelmente discriminação baseada em conteúdo contra as visões pró-vida pessoais do oficial Schrenger e violou seus direitos da Primeira Emenda”.
Fonte: O Livre