Um estudo feito na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostra que a perda da audição é um fator de risco importante para o desenvolvimento de demência entre idosos com mais de 70 anos. A gravidade da perda auditiva é diretamente proporcional ao dano cognitivo.Os autores da pesquisa, publicada na terça-feira (10/1), no Journal of the American Medical Association (Jama), sugerem que ações de saúde pública que visam a preservação da audição devem ser priorizadas para poupar a população dos prejuízos.Estima-se que a perda auditiva seja responsável por 8% dos casos globais de demência, tornando-se o maior fator de risco modificável para a condição em nível populacional. O novo estudo buscou esclarecer esta relação com mais detalhes.Para tanto, os pesquisadores do Centro Coclear para Audição e Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins analisaram dados de 2.413 idosos com 65 anos ou mais registrados no programa de saúde Medicare, ligado ao governo norte-americano. Pouco mais da metade dos participantes (53,3%) tinha 80 anos ou mais.Três em cada dez voluntários (36,74%) apresentavam problemas de audição e 10,27% tinham o diagnóstico de demência. Uma avaliação mais detalhada mostrou que, a cada dez decibéis perdidos, o risco de demência aumentava cerca de 16%.Ao combinar os dois fatores, os pesquisadores observaram que a prevalência de demência foi de 16,52% entre os idosos com perda severa da audição, 8,93% entre os com perda leve e 6,19% para aqueles com a audição normal.O uso do aparelho auditivo foi associado à redução de 32% do risco de demência em comparação aos participantes que tinham problemas auditivos mas não usavam aparelho, sugerindo que o acesso ao equipamento pode contribuir com o prognóstico.Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.Fonte: Metrópoles